A participação é um fator central para o envolvimento bem-sucedido do público em diferentes processos de governança no planejamento urbano como, por exemplo, no nível da comunidade ou no planejamento de infraestruturas. Embora alguns contextos de planejamento ou de política pública incluam mecanismos mais sofisticados e robustos de participação, como no Reino Unido, outros ainda carecem de integração adequada da opinião pública como ferramenta de governança.

 

Para superar esse distanciamento, as comunidades locais tendem a se organizar em grupos de interesse que as auxiliam a desenvolver as suas capacidades de intervenção. Isso é particularmente evidente nas cidades brasileiras, onde grupos comunitários coletivos, muitos chamados de Coletivos, estão assumindo um papel cada vez mais importante na mobilização de suas comunidades locais.

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Os Coletivos, que geralmente começam com agendas sociais ou artísticas, têm ampliado as suas atividades para tratar de questões de desenvolvimento comunitário local como transporte, espaço público ou infraestruturas verde. Os Coletivos são integrados por ativistas com experiência nessas áreas, que trazem mais capacidade para ganhar impulso comunitário nas questões centrais.

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O potencial que estes Coletivos têm para melhorar a tomada de decisão nos processos de planejamento urbano e de infraestrutura é alto, principalmente se eles forem mais capazes de incorporar métodos estabelecidos de apoio à decisão nas suas práticas inovadoras de engajamento. Ao mesmo tempo, após a intensa disseminação pública da modelação e quantificação feita para apoiar as decisões de políticas de saúde durante a pandemia de Covid-19, pode-se argumentar que há mais alfabetização/literacia nessas questões e uma oportunidade de impulsionar um uso mais eficaz de ferramentas de apoio à decisão (por exemplo, indicadores, modelos ou SIG – Sistema de Informação Geográfica) em governança urbana para qualificar debates públicos.

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Nosso projeto visa investigar a extensão em que esses grupos comunitários incorporam conhecimento em seus métodos/ferramentas de apoio à decisão nas suas atividades para melhorar seus resultados e aprender, a partir das práticas desses grupos, o que poderia ser melhorado com métodos de apoio à decisão estabelecidos.