As áreas metropolitanas são estruturas funcionais que surgem das interações de múltiplos agentes. Esses agentes são entidades que existem em todos os níveis da hierarquia urbana, e suas interações são diversas e complexas. Eles operam sob um conjunto único de agendas, tomando decisões dentro do quadro de políticas em que operam. Juntas, essas decisões e interações se combinam para impulsionar fenômenos urbanos emergentes que são caracterizados por sua natureza temporal, dinâmica, relacional e não linear.

Ver os processos urbanos por meio dessa lente é adequado para estudo usando uma estrutura de sistemas complexos e complementar à 'ciência urbana' que se tornou um paradigma proeminente no planejamento urbano.

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Este projeto tem como objetivo desenvolver ferramentas para simular o funcionamento da Grande Manchester em termos de seus principais agentes institucionais, económicos e demográficos, explorando o sistema complexo e como a Greater Manchester Combined Authority (GMCA) pode promover o desenvolvimento por meio de políticas.

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A pesquisa ocorre no contexto do rápido desenvolvimento urbano global e do consenso de que as áreas urbanas desempenham um papel central na busca de um futuro sustentável. O reconhecimento mais proeminente disso é encontrado no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11, que visa "tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis". Apesar desse entendimento comum, há preocupações sobre o estado atual da ciência urbana e seu envolvimento limitado em políticas baseadas em evidência. As cidades há muito são reconhecidas como locais críticos de inúmeros problemas de sustentabilidade, desenvolvimento e planejamento interconectados, no entanto, as ferramentas comumente usadas para abordar esses problemas têm sido insuficientes. Métodos baseados em modelos de equilíbrio comparativo estático falham em considerar a complexidade inerente dos sistemas urbanos e a natureza orgânica de seu desenvolvimento.

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Coincidindo com o surgimento dessa ciência urbana está o apelo por modelos mais abrangentes de áreas urbanas (Wilson, 2018). Ou seja, construir modelos que sejam espacialmente e analiticamente representativos de todo o sistema urbano. Esta pesquisa está preocupada em entender a rede complexa que constitui áreas metropolitanas. É uma extensão natural de trabalhos que se concentraram apenas em cidades ou no comportamento de entidades específicas e é necessária quando se planeja a implementação de políticas de desenvolvimento sustentável nesse nível geográfico mais amplo. A pesquisa identifica a região metropolitana de Greater Manchester como um estudo de caso principal. Greater Manchester é de particular interesse devido à sua estrutura de governança e representação política. A GMCA, o órgão governante, tem poderes descentralizados. Nesse contexto, uma compreensão maior de seu sistema metropolitano pode facilitar a implementação de políticas baseadas em evidências.

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Após o primeiro órgão regional de GM (1974-1986), a Associação de Autoridades de GM (AGMA, 86-GMCA) desenvolveu uma abordagem concertada e de baixo para cima para a governança metropolitana informal, com resultados bem-sucedidos em investimento e desenvolvimento metropolitano (por exemplo, o MetroLink). A devolução foi uma consequência natural desse processo de auto-organização, o que se apresenta como uma questão-chave de pesquisa.